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Mato Grosso do Sul

Queimada viva por peão em fazenda no Pantanal após rejeitar avanços: "Não aceito não de mulher"

Funcionárias relataram assédio e ameaças antes do ataque. Vítima teve 90% do corpo queimado e morreu antes de chegar ao hospital. Autor do crime foi preso após fugir a pé

9 Jun 2025 - 13h00Por Dhione Tito / Jornal Fátima News

Eliana Guanes, de 59 anos, perdeu a vida de forma brutal na última sexta-feira (6), após ser queimada viva dentro da fazenda onde trabalhava, no Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá (MS). O autor do crime, identificado como Lourenço Xavier, de 54 anos, era peão da propriedade e, segundo testemunhas, já vinha assediando a vítima e outras mulheres do local.

De acordo com relatos das funcionárias da fazenda, Lourenço, visivelmente embriagado, demonstrava comportamento agressivo e ameaçador. Uma das mulheres ouvidas pelas autoridades contou que o homem afirmou em alto e bom som: “Não aceito ‘não’ de mulher nenhuma”. O episódio de violência, segundo a polícia, teve motivação relacionada à rejeição por parte da vítima.

Eliana atuava como faxineira na propriedade rural e foi atacada enquanto estava na varanda da residência onde morava. Testemunhas relataram que, por volta das 14h, Lourenço se aproximou com um balde de gasolina, despejou o líquido sobre a mulher e, em seguida, ateou fogo com um isqueiro.

O incêndio se espalhou rapidamente e deixou Eliana com aproximadamente 90% do corpo queimado. Outros trabalhadores ouviram os gritos e correram para ajudá-la, conseguindo apagar as chamas, mas os ferimentos já eram graves demais. A vítima ficou imóvel, com dores intensas e em estado crítico.

Diante da gravidade, o da fazenda – que vive em Campo Grande – foi acionado. Devido às dificuldades de o características da região pantaneira nesta época do ano, o socorro só pôde ser feito por via aérea. Uma equipe do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros partiu da capital e chegou à fazenda no início da noite.

Eliana foi entubada no local por profissionais da saúde e, após estabilização, levada de avião até o Aeroporto Santa Maria, onde uma unidade avançada de resgate (viatura URSA) aguardava para completar o trajeto até a Santa Casa de Campo Grande. No entanto, segundo informações da equipe médica, a vítima já chegou sem sinais vitais ao hospital, onde teve sua morte oficialmente confirmada minutos depois.

Após cometer o crime, Lourenço fugiu a pé e percorreu cerca de seis quilômetros até chegar a uma fazenda vizinha. Lá, pediu comida e disse que pretendia se entregar. A polícia foi acionada e prendeu o suspeito ainda durante a noite. Ele foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá.

Consta nos registros policiais que Lourenço Xavier já tem antecedentes por crimes como furto, ameaça e violência doméstica. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio, qualificado por menosprezo e discriminação à condição de mulher – circunstância agravada pela brutalidade do ataque e pelas ameaças prévias.

A morte de Eliana acende um alerta para os riscos que muitas mulheres enfrentam em ambientes isolados, onde a presença do Estado e dos mecanismos de proteção às vítimas de violência é praticamente inexistente.

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